pedra pássaro poema
escrevendo e estudando
poesia
no alvorecer de cada dia
enquanto os pássaros
no rio itabapoana
esperam por alquimia
Artur Gomes
foto.poesia
https://fulinaimargem.blogspot.com/
Ar Tesão
não queira dizer bobagens
fazer da Arte brinquedo
procure desvendar o segredo
antes de mostrar o que pensa
sem saber o que pensar
Arte é corda esticada
aprenda primeiro a pular
Federico Baudelaire
www.personasarturianas.blogspot.com
Em 1980 um Boi-Pintadinho invade as ruas de Campos dos Goytacazes-RJ e não era Carnaval. Eu dançava na frente desse Boi ao lado da grande dupla o saudoso bailarino Amaury Joviano e a grande artista popular Pavuna. Uma outra ilustre figura completava o quarteto que conduzia o Boi pelas ruas de Campos, depois que ele saia da sua moradia, a casa do poeta Osório Peixoto.
Nessa época era conhecido por Du-Boi e ensaiava meus primeiros passos para me tornar Mestre-Sala e a quarta componente do quarteto era uma linda menina que atendia pelo nome de Rosângela, que mais tarde ganha um sobrenome nem tão lindo assim. Quem saberia me dizer que sobrenome é esse? Outro dia ainda escrevo mais sobre esse boi que colocou as ruas de Campos e a Feira do Mercado Municipal em Polvorosa toda vez que fazia o seu cortejo.
Um certo sábado de 1980 Adilson Rangel (saudoso proprietário da Livraria Noblesse), leva esse Boi-Pintadinho para dançar e cantar dentro da famosa livraria, a única que vendia na época, livro que para muitos eram considerados livros sub-versivos. Oswald de Andrade desde 1928 já nos dizia que Alegria é a Prova dos 9, e os cortejos desse Boi, era sinônimo da máxima alegria. Enquanto seus componentes dançavam e cantavam dentro da livraria, saboreando deliciosos vinhos e beijos, lá da rua vinha um grito desferido pelo tradicional Padre Fernando Rifan: - Bando de Comunistas!!!
O poeta experimental passeia sua cueca monossilábica por cima dos pianos da madrugada devorando amoras. Macabea invoca nossa senhora das derrotas para enfrentar o desvario. O poeta está nu cio. Macabea corre. O poeta inflama inverso. Macabea chora. Experimental barroco o poeta sobrevoa o presídios federal de brazilírica seus palácios e urubus. Macabea tenta mas não consegue ser Pagu. O poeta é phoda. Macabea pede: o menino faz que não entende. Macabea implora. E o poeta põe na metáfora do cool.
BraziLírica Pereira: A Traição das Metáforas Revisitado.
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