segunda-feira, 24 de outubro de 2022

fulinaimicaníssimas


Fulinaimicaníssimas

Poema manifesto para o 27 de agosto  

Para Tchello d´Barros, Fernando Rossi e todo elenco da Geleia Geral – Revirando A Tropicália

 come vento menina come vento menino não há mais metafísica no mundo do que comer vento

como osso menina come osso menino

não há mais metafísica no mundo do que

comer osso

 mas eu sou cachorro louco

osso duro de roer

 

: -  eu prefiro chocolate salmão com vinho branco strogonoff de camarão acarajé abará pato no tucupi virado paulista feijão tropeiro e pudim de leite de sobremesa

Apesar de viver morrendo durante os últimos 365 de cada ano hoje é dia de nascer ressuscitar acontecer subir ao palco

dar nome aos bois

nome e sobrenome

 porque gente é pra bilhar

 e não para morrer de fome

 

Artur Gomes

https://arturgumesfulinaima.blogspot.com/



fulinamânicas sagarinas

 

na cidade alta

entre a luz do sol e a janela

amanhecemos outro dia

ando tão Macunaíma

que ela me deixou Van Gog

e muito mais Picasso

nem penso mais João Cabral

o cão sem plumas

lendo cobra norato

o orçamento secreto

essa blasfêmia no palácio do planalto

 

lanço um poema público

na retina do asfalto

dou um tiro no meio dos cornos

no centro da testa  do contra(l)to

 

FlorBela me beijou eternamente

me disse ontem

que posso voltar a sonhar

com as  noites na sua casa

teus seios dois lençóis de linho

roçam minha língua como vinho

e me incendeiam como brasa

 

Artur Gomes

https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/



Intervenção junina

poema escrito especialmente para a intervenção poética: Poesia Viva Poesia - Dia 25 - junho - 2022 - no SESC Campos

 

era uma noite de junho

inverno não primavera

e eu de poema em punho

fazendo cantigas de amor para ela

 

mas ela não veio me ver

do outro lado da janela

era uma moça distante

que eu chamava FlorBela

 

quantas noites sonhei Florbela

em minha cama sozinho

pensando na cama dela

bebia beijos e vinho

 

era uma vez uma rua

que tinha nome de formosa

não era grande sertão

nem eu era Guimarães rosa

 

mas era noite de junho

e mesmo assim

me sentia um riobaldo

amando diadorim

 

como se fosse lua cheia

clara como clarão

ela toca fogo em minha pele

incendeia meu coração

 

e 24 de junho

é noite de são joão

e meus fogos de artifícios

são pra chamar sua atenção

 

a moça que nunca veio

do outro lado da janela

não sabe que é tudo dela

meu céu meu mar meu chão

 


Artur Gomes

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https://fulinaimagens.blogspot.com/




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