terça-feira, 26 de abril de 2022

tempo em fúria


Biblioteca Bracutaia

A Biblioteca Bracutaia recebeu hoje uma imensa doação de livros, de Roberto Moraes meu grande amigo e meu Diretor no CEFET Campos na década de 1990, e da UNIASSELVI, na pessoa da sua mentora no Campus Campos Ana Mary, a quem agradecemos imensamente.

                      A Biblioteca Bracutaia, tem inauguração marcada para o próximo dia 1º de Maio às 17h na Ong Beija Flor - Casa da Solidariedade - Rua Ari Parreira, 26 - Barra Velha - Gargaú - São Francisco do Itabapoana-RJ - 28230-000

Leia mais no blog www.fulinaimamultiprojetos.blogspot.com



Terra em Transe

 

em 1990 estava eu em Registro em mais uma transa  literária que tinha sido iniciada em Jardinópolis depois de uma passagem por Batatais, onde Hygia Calmon Ferreira, a musa do poema Sagaranagens Fulinaímicas, me apresentou algumas  estudantes  do curso de letras na UNESP, em São José do Rio Preto.

Em Batatais, quando desci do palco do Teatro Municipal, dois lábios vermelhos carnudos encarnados e dois olhos azuis vidrados vibravam em minha direção, era Cláudia, que ganhou  beijo na boca e alguns anos depois Copacabana consumou  nossos desejos.

Em Registro era uma noite de Sarau no restaurante onde jantávamos  e eu ali absurdado com os poetas soprando palavras ao vento, foi quando Mariana de Piracicaba, vindo a mim feito ondas, me ofereceu saliva ardente numa pétala de rosa branca e espuma vermelha de batom -   delírios em sua língua de Vênus.

Desde então queimando em mar de fogo me Registro

o poema freudelérico

não tem nada de pessoa

na vitrola rola um disco

dos demônios da garoa

 

assombrado com o verbo

desemprego

afio ainda mais a carnavalha

rasgo as tralhas da mortalha

com a  faca de dois gumes

no descompasso do desassossego

 

cu do mundo onde fica?

 

palácio do planalto alvorada

cu de boi

o submundo mais profundo

desse país que já foi

                                                              leia mais no blog

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Algo sobre céu

 

Pousam nas xícaras da noite passada

borboletas da Índia, tons de corais.

Sobre a borra de café, aroma salino

e profundo do Índico.

 

Asas transparentes, projetam azuis

no banco silencioso e frio da parede

como se fosse primavera.

 

Telas de anjos e outras divindades

(dessas que não lembramos de onde vem)

como se vivas, vertiam lágrimas

intactas pétalas de flores

bordando o tapete da sala

da mais pura igualdade e paz.

 

Nas borras do café da noite passada

abriu-se cristalino, o destino

nas asas das borboletas da Índia

no cheiro de incenso de mirra.

 

E todo ser fez-se um pedaço do Divino

pausa no tempo,  no acorde menino

por instantes, o brinde do vinho

e tudo em volta fez-se céu

e tudo em volta, céu

profundamente céu.

 

Tonho França

Do livro Quarto de Azulejos

Editora Penalux – 2014


antropomágica

 

a primeira vez

foi um primeiro beijo então roubado

ali já ficou sacramentado em tropicália

o que iríamos desvendar

por entre cinzas nos currais

nas aldeias, ocas, nas taperas

por quantas Eras iríamos encontrar

 

agora como  pa/lavro outras amoras

plantei tuas sementes

no quintal da estação três cinco três

os frutos colherei junto ao teu nome

da tua carne comerei mais uma vez

 

Artur Gomes Gumes

www.arturfulinaima.blogspot.com



Jazz Free Som Balaio

Para Moacy Cirne
gravada no CD fulinaíma sax blues poesia

ouvidos negros Miles trumpete nos tímpanos
era uma criança forte como uma bola de gude
era uma criança mole como uma gosma de grude
tanto faz quem tanto não me fez
era uma ant/Versão de blues
nalguma nigth noite uma só vez

ouvidos black rumo premeditando o breque
sampa midnigth ou aversão de Brooklin
não pense aliterações em doses múltiplas
pense sinfonia em rimas raras
assim quando desperta do massificado
ouvidos vais ficando dançarina cara
ao Ter-te Arte nobre minha musa Odara

ao toque dos tambores ecos sub/urbanos
elétricos negróides urbanóides gente
galáxias relances luzes sumos prato
delícias de iguarias que algum Deus consente
aos gênios dos infernos
que ardem gemem Arte
misturas de comboios das tribos mais distantes
de múltiplas metades juntas numa parte

Artur Gomes

O Poeta Enquanto Coisa

Editora Penalux - 2020

www.coltivomacunaimadecultura.blogspot.com



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