A Biblioteca Bracutaia recebeu hoje uma imensa doação de livros, de Roberto Moraes meu grande amigo e meu Diretor no CEFET Campos na década de 1990, e da UNIASSELVI, na pessoa da sua mentora no Campus Campos Ana Mary, a quem agradecemos imensamente.
A Biblioteca Bracutaia, tem inauguração marcada para o próximo dia 1º de Maio às 17h na Ong Beija Flor - Casa da Solidariedade - Rua Ari Parreira, 26 - Barra Velha - Gargaú - São Francisco do Itabapoana-RJ - 28230-000
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Terra em Transe
em 1990 estava eu em Registro em
mais uma transa literária que tinha sido iniciada em Jardinópolis depois
de uma passagem por Batatais, onde Hygia Calmon Ferreira, a musa do poema Sagaranagens
Fulinaímicas, me apresentou algumas estudantes do curso de
letras na UNESP, em São José do Rio Preto.
Em Batatais, quando desci do
palco do Teatro Municipal, dois lábios vermelhos carnudos encarnados e dois
olhos azuis vidrados vibravam em minha direção, era Cláudia, que ganhou
beijo na boca e alguns anos depois Copacabana consumou nossos
desejos.
Em Registro era uma noite de
Sarau no restaurante onde jantávamos e eu ali absurdado com os poetas
soprando palavras ao vento, foi quando Mariana de Piracicaba, vindo a mim feito
ondas, me ofereceu saliva ardente numa pétala de rosa branca e espuma vermelha
de batom - delírios em sua língua de Vênus.
Desde então queimando em mar de fogo me Registro
o poema freudelérico
não tem nada de pessoa
na vitrola rola um disco
dos demônios da garoa
assombrado com o verbo
desemprego
afio ainda mais a carnavalha
rasgo as tralhas da mortalha
com a faca de dois gumes
no descompasso do desassossego
cu do mundo onde fica?
palácio do planalto alvorada
cu de boi
o submundo mais profundo
desse país que já foi
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Algo sobre céu
Pousam nas xícaras da noite passada
borboletas da Índia, tons de corais.
Sobre a borra de café, aroma salino
e profundo do Índico.
Asas transparentes, projetam azuis
no banco silencioso e frio da parede
como se fosse primavera.
Telas de anjos e outras divindades
(dessas que não lembramos de onde vem)
como se vivas, vertiam lágrimas
intactas pétalas de flores
bordando o tapete da sala
da mais pura igualdade e paz.
Nas borras do café da noite passada
abriu-se cristalino, o destino
nas asas das borboletas da Índia
no cheiro de incenso de mirra.
E todo ser fez-se um pedaço do Divino
pausa no tempo, no
acorde menino
por instantes, o brinde do vinho
e tudo em volta fez-se céu
e tudo em volta, céu
profundamente céu.
Tonho
França
Do livro Quarto de Azulejos
Editora Penalux – 2014
antropomágica
a primeira vez
foi um primeiro beijo então
roubado
ali já ficou sacramentado
em tropicália
o que iríamos desvendar
por entre cinzas nos
currais
nas aldeias, ocas, nas
taperas
por quantas Eras iríamos encontrar
agora como pa/lavro outras amoras
plantei tuas sementes
no quintal da estação três
cinco três
os frutos colherei junto ao
teu nome
da tua carne comerei mais
uma vez
Artur
Gomes Gumes
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Jazz Free Som Balaio
Para Moacy Cirne
gravada no CD fulinaíma sax blues poesia
ouvidos negros Miles trumpete nos tímpanos
era uma criança forte como uma bola de gude
era uma criança mole como uma gosma de grude
tanto faz quem tanto não me fez
era uma ant/Versão de blues
nalguma nigth noite uma só vez
ouvidos black rumo premeditando o breque
sampa midnigth ou aversão de Brooklin
não pense aliterações em doses múltiplas
pense sinfonia em rimas raras
assim quando desperta do massificado
ouvidos vais ficando dançarina cara
ao Ter-te Arte nobre minha musa Odara
ao toque dos tambores ecos sub/urbanos
elétricos negróides urbanóides gente
galáxias relances luzes sumos prato
delícias de iguarias que algum Deus consente
aos gênios dos infernos
que ardem gemem Arte
misturas de comboios das tribos mais distantes
de múltiplas metades juntas numa parte
O Poeta Enquanto Coisa
Editora Penalux - 2020
www.coltivomacunaimadecultura.blogspot.com
Fulinaíma MultiProjetos
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