vamos comer 22
já me dizia federika
a rainha de vila rica
ouro preto do futuro
da mocidade
independente
objeto do desejo
do não ser
tão inocente
federico
o indecente
faz de bobo
quando quer
se omite quase sempre
se esconde quando pode
mas se batalha
de rima
nem freud nem sai de cima
na espreita
a todo tempo
para olhar redemoinho
no vestido de irina
para ver
onde sopra o vento
nos poros dessa menina
Eugênio
Mallarmè
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o diabo
é que ela não larga do meu pé
já fiz despacho
descarrego
subi as escadas da Penha
promessa pro nosso Senhor do Bonfim
mas ela não desgruda de mim
essa coisinha linda de sal
minha Rúbia Querubim
só quem sabe
do riscado
entende do seu ofício
procura palavra
nua
toda viva
toda crua
o resto que se foda
quero toda
palavra toda
toda bruta
toda puta
na artimanha
do concreto
no abstrato do ereto
quando
meu pau
te penetrar
Federico
Baudelaire
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